sábado, 5 de outubro de 2013

ENTIDADES ASSISTENCIAIS DA CIDADE DE BAURU




ABCC - Associação Bauruense do Combate ao Câncer
Nobile Di Piero nº 32 Centro(14) 3222-3808
209 pessoas atendidas

Abrec - Associação Bauruense de Apoio e Assistência ao Renal Crônico
Santa Teresinha nº 12-45 Vila Quaggio(14) 3232-3027

Acaê - Associação Comunitária de Assistência Êxodo
Nelson Bonachela Gimenez qd. 2 s/n Alto Alegre(14) 3232-4611
235 pessoas atendidas

Acop - Creche São Francisco de Assis
Júpiter nº 10-25 Parque Jaraguá(14) 3238-1353
136 pessoas atendidas

Apae - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
José Henrique Ferraz nº 20-20 Jd. Ouro Verde(14) 3236-1100
500 pessoas atendidas

Apiece - Associação de Pais para Integração Escolar da Criança Especial
Zephilo Grizoni nº 7-87 Jd. Petrópolis(14) 3222-0368
66 pessoas atendidas

Canã - Casa Mairia Nista
Santa Paula nº 3-189 Jd Redentor(14) 3232-4611
250 pessoas atendidas

Canc - Creche de Assistência a Nossa Criança
Joaquim Rodrigues Fraga nº 1-9 Tibiriçá(14) 3279-1154
20 + 91 pessoas atendidas

Caritas Diocesana de Bauru
Azarias Leite nº 9-80 Centro(14) 3223-6576
190 pessoas atendidas

Casa da Criança Madre Teodora de Voiron
Joaquim da Silva Martha nº 5-50 Altos da Cidade(14) 3234-6600
50 + 33 pessoas atendidas

Casa da Esperança
Alcindo Pinheiro Chagas nº 1-46 Fortunato R. Lima(14) 3238-6936
320 pessoas atendidas

Casa da Fraternidade Santa Rita de Cássia
Manoel Bento Cruz nº 13-20 Centro(14) 3227-6500

Casa do Garoto dos Padres Rogacionistas
Al. Cônego Aníbal Difrância nº 10-4 Vista Alegre(14) 3239-24244
10 pessoas atendidas

Ceac - Centro Espírita Amor e Caridade
7 de Setembro nº 8-30 Centro(14) 3366-32329
95 pessoas atendidas

Centro de Convivência Infantil Jõao Paulo II
Alexandre Jorge Nasralla nº 1-68 Beija Flor(14) 3239-5944
100 pessoas atendidas

Cevac - Centro de Valorização da Criança
Alziro Zarur nº 13-10 Pres. Geisel(14) 3203-7650
100 + 76 pessoas atendidas

Cips - Consórcio Intermunicipal e Promoção Social
Inconfidência nº 2-28 Vila Seabra(14) 3232-8123
700 pessoas atendidas

Comunidade Bom Pastor
1º de Maio nº 7-40 Centro(14) 3222-7133
15 pessoas atendidas

Cons. Metrop. Bauru - Sociedade São Vicente de Paulo
7 de Setembro nº 4-28 Centro(14) 3223-8258

Creche Berçário Antonio Pereira
Castro Alves nº 13-53 Vila Souto(14) 3238-7595
100 pessoas atendidas

Creche Comunitária Pingo de Gente
Barão de Itapetininga nº 9-79 Pres. Geisel(14) 3203-4633
107 pessoas atendidas

Creche Doce Recanto
Lucio Rúbio Hurtado nº 1-20 Núc.Octávio Rasi(14) 3203-3191
100 pessoas atendidas

Creche e Berçário Cruzada dos Pastores de Belém
Afrânio Roberto da Silva nº 3-44 Vila Galvão(14) 3203-3721
100 pessoas atendidas

Creche e Berçário Ernesto Quaggio
Triagem nº 4-71 Vila Santa Luzia(14) 3239-1869
75 pessoas atendidas

Creche e Berçário Irmã Catarina
Pedro Fernandes nº 12-34 Pop. Ipiranga(14) 3236-1313
70 pessoas atendidas

Creche e Berçário São JoséAlcindo Pinheiro Chagas nº 1-40
Fortunato R. Lima(14) 3238-1407
135 pessoas atendidas

Creche e Centro Educativo Monteiro Lobato
Dr. Fuas de Matos Sabino nº 11-40 Jd. América(14) 3227-9091
139 pessoas atendidas

Creche e Centro Educativo Unidos para o Bem
Alves Seabra nº 5-78 Vila Seabra(14) 3222-3278
75 pessoas atendidas

Creche Nova Esperança - Ceac
Sold. Mário Rodrigues nº 1-60 Nova Esperança(14) 3238-1361
160 pessoas atendidas

Creche e Escola Madre Clélia
Luiz Aleixo nº 2-69 Vila Higienópois (14) 3223-2057
117 pessoas atendidas

Creche e Escola Sagrado Coração de Jesus
André Luiz dos Santos nº 1-111 Jd Nicéia (14) 3018-86116
37 + 85 pessoas atendidas

Creche Evangélica Bom Pastor
Joaquim Rodrig. Madureira nº 1-26 Pq São Geraldo (14) 3239-3524
59 pessoas atendidas

Creche Rainha da Paz - Bom Pastor (Inst. Valorização Prom. e Intel. Humanas
Halim Hiadar nº 3-14 Vila Pacífico (14) 3238-2893
100 pessoas atendidas

Creche São Judas Tadeu e São Dimas
Armando Azevedo nº 3-39 Jd Estoril (14) 3223-6732
135 pessoas atendidas

Creche São Paulo - Centro Comunitário Aníbal Difrância
Gaudêncio Piola nº 5-25 Vila São Paulo
(14) 3239-1982
100 + 120 pessoas atendidas

Creche Vila Zillo - Ceac
Monsenhor Ramires nº 5-70 Vila Zillo (14) 3214-4769
29 pessoas atendidas

Equipe Cristo Ver. Que Liberta - Esquadrão da Vida
Praça João Paulo II s/n s/49 Jd Santan (14) 3016-2683
25 pessoas atendidas

Fundação Inácio Layola - Família de Nazaré
Heitor Andrade de Campos nº 3-55 Jd Prudência (14) 3238-7414
30 pessoas atendidas

Fundação Toledo - Fundato
Cussy Júnior nº 13-30 Centro (14) 3234-1642
930 pessoas atendidas

Instituto Bem. Bom Samaritano - Creche Alice Barros de Azevedo
Santo Antonio nº 15-41 Jd Bela Vista(14) 3222-6507
98 pessoas atendidas

Inscri - Instituto São Cristovão
Charles Hughs nº 4-40 Jd Europa (14) 3016-2854
100 pessoas atendidas

Instituto Bauru de Saúde
Antonio Alves nº 17-12 Centro (14) 3214-3069

Iprespa
José de Godoy nº 3-269 Pres. Geisel (14) 3203-2978
100 pessoas atendidas

Lar e Escola Rafael Maurício
osé Cesário de Castilho Km 346 Bauru/Iacanga (14) 3237-2311
395 pessoas atendidas

Lar e Escola Santa Luzia para Cegos
Gerson França nº 11-61 Altos da Cidade (14) 3223-1754
25 pessoas atendidas

Legião Feminina de Bauru
Rodrigues de Abreu nº 1-37 Centro (14) 3223-0719
120 pessoas atendidas

Legião Mirim de Bauru
Nuno de Assis nº 13-50 Vila Camargo (14) 3224-1950
500 pessoas atendidas

Núcleo Amizade
Athenas nº 4-60 Parque Santa Edwiges (14) 3238-4811
50 pessoas atendidas

Paiva - Associação Beneficente Cristã
12 de Outubro nº 9-51 Centro (14) 3222-3764
135 pessoas atendidas

Paiva - Associação de Proteção à Maternidade e à Criança
12 de Outubro nº 9-51 Centro (14) 3222-5171
30 pessoas atendidas

POC - Pequenos Obreiros de Curuçá
General Alfredo Malan D'Angrogni nº 2-47 Vl Dutra (14) 3218-5740
140 pessoas atendidas

Profis - Sociedade de Promoção Social do Fissurado Labial
Silvio Marchione nº 3-55 Vila Universitária (14) 3235-8113

Rasc - Recuperação e Assistência Cristã
Luiz Bossoto nº 5-50 Jardim Cruzeiro do Sul (14) 3281-4461
18 pessoas atendidas

Sapab - Sociedade de Apoio a Pessoa com Aids de Bauru
Arnaldo Rodrigues de Menezes nº 15-46 Jaraguá (14) 3226-2002
111 pessoas atendidas

San Cristo
Araújo Leite nº 35-28 Jardim Aeroporto (14) 3223-2497
120 pessoas atendidas

Sociedade Creche e Berçário Doutor Leocádio Corrêa
São Gonçalo nº 7-54 Vila Universitária (14) 3223-3132
110 pessoas atendidas

Sociedade Creche e Berçário Rodrigues de Abreu - Mantenedora
Marcondes Salgado nº 2-56 Vila Antártica (14) 3232-5854
130 pessoas atendidas

Sociedade Creche e Berçário Rodrigues de Abreu - Redentor
São Valentin nº 3-70 Jardim Redentor (14) 3203-3223
145 pessoas atendidas

Sociedade Cristã Maria Ribeiro
Bernardino de Campos nº 2-28 Vila Falcão (14) 3234-8082
88 pessoas atendidas

Sociedade Doutor Enéas de Carvalho Aguiar
João Ribeiro de Barros Km 225 Vila Aymorés (14) 3203-5917

Sorri Bauru
Nações Unidas nº 53-40 Pres. Geisel(14) 3103-4400
350 pessoas atendidas

Vila Vicentina - Abrigos para Idosos
Jorge Pimentel nº 2-5 Vila Galvão(14) 3103-0055
95 pessoas atendidas

Total de Assistidos:
8071 Assistidos socialmente + 2713 Assistidos educacionalmente

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atitude Mental e Silêncio

O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra.

A maior descoberta de minha geração é que o ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental.

William James 1842- 1910

terça-feira, 14 de maio de 2013

Força mental



“Aqueles que ensinam à humanidade a fazer uso de determinadas forças sem incentivar a elevar-se a um nível moral mais alto, obram sem consciência. Assemelham-se a pais irreflexivos que permitem às crianças inconscientes  brincarem com fogo. Este não as ilumina, só as queima reduzindo-as a cinzas.”
“A energia mental é dádiva de Deus e só deve ser utilizada para bons propósitos e com boas intenções. É justo que o pobre melhore sua situação econômica, mas não é justo utilizar a força mental para prejudicar a outras pessoas.”

Arnold Krumm-Heller Huiracocha

sexta-feira, 19 de abril de 2013

AS EXPIAÇÕES COLETIVAS




 

OBRAS PÓSTUMAS (1869 – Allan Kardec)

Perguntas e problemas  - Clélie Duplantier

 

Pergunta. – O Espiritismo nos explica perfeitamente a causa dos sofrimentos individuais, como consequência imediata de faltas cometidas na existência presente, ou expiação do passado; mas, uma vez que cada um não deve ser responsável senão pelas suas próprias faltas, explicam-se menos as infelicidades coletivas que atingem as aglomerações de indivíduos, como, por vezes, toda uma família, toda uma cidade, toda uma nação ou toda uma raça, e que atingem os bons como os maus, os inocentes como os culpados.
Resposta. – Todas as leis que regem o Universo, quer sejam físicas ou morais, materiais ou intelectuais, foram descobertas, estudadas, compreendidas, procedendo do estudo e da individualidade, e do da família à de todo o conjunto, generalizando-as gradualmente, e constatando-lhe a universalidade dos resultados.
Ocorre o mesmo hoje para as leis que o estudo do Espiritismo vos faz conhecer; podeis aplicar, sem medo de errar, as leis que regem a família, a nação, as raças, o conjunto de habitantes dos mundos, que são individualidades coletivas. As faltas dos indivíduos, as da família, as da nação, e cada uma, qualquer que seja o seu caráter, se expiam em virtude da mesma lei. O carrasco expia para com a sua vítima, seja achando-se em sua presença no espaço, seja vivendo em contato com ela numa ou várias existências sucessivas, até à reparação de todo o mal cometido, Ocorre o mesmo quando se trata de crimes cometidos solidariamente, por um certo número; as expiações são solidárias, o que não aniquila a expiação simultânea das faltas individuais.

Em todo homem há três caracteres: o do indivíduo, do ser em si mesmo: o de membro de família, e, enfim, o de cidadão; sob cada uma dessas três faces pode ser criminoso ou virtuoso, quer dizer, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão, e reciprocamente; daí as situações especiais que lhe são dadas em suas existências sucessivas.
Salvo exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que têm uma tarefa comum reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita.

Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido individualmente ou coletivamente, é que o mereceu. E, depois, como dissemos, há faltas do indivíduo e do cidadão; a expiação de umas não livra da expiação das outras, porque é necessário que toda dívida seja paga até o último centavo. As virtudes da vida privada não são as da vida pública; um, que é excelente cidadão, pode ser muito mau pai de família, e outro, que é bom pai de família, probo e honesto em seus negócios, pode ser um mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. São essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião, ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram. O que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem a preexistência da alma, se torna claro e lógico pelo conhecimento dessa lei.
A solidariedade, que é o verdadeiro laço social, não está, pois, só para o presente; ela se estende no passado e no futuro, uma vez que as mesmas individualidades se encontraram, se reencontram e se encontrarão para subirem juntas a escala do progresso, prestando-se concurso mútuo. Eis o que o Espiritismo faz compreender pela equitativa lei da reencarnação e a continuidade das relações entre os mesmos seres.

No livro dos Espíritos (1857- Allan Kardec)
Pergunta 167- Qual o objetivo da reencarnação?
Resposta – Expiação, aprimoramento progressivo da humanidade, sem o que onde estaria a Justiça?

No Evangelho de Mateus 26:52, Jesus disse a Pedro que aquele que com a espada fere com a espada será ferido.
No Apocalipse 22:12 recompensarei a cada um segundo suas obras.

Assim fica claro o porque de tantas calamidades em nossa sociedade, onde por falta de conhecimento espiritual muitos esfriam a fé, pois não encontram lógica nessas desgraças, e preferem crer no acaso, como se não houvesse JUSTIÇA DIVINA, encerro dizendo o que Jesus disse em Mateus 6:33, Buscai primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e todo o mais lhe será acrescentado.

domingo, 27 de janeiro de 2013

ENSÁIO TEÓRICO DAS CURAS INSTANTÂNEAS


REVISTA ESPÍRITA Jornal de Estudos Psicológicos publicada sobre a direção de Allan Kardec ,Ano XI - Março de 1868 - Vol. 3

De todos os fenômenos espíritas, um dos mais extraordinários é, sem qualquer dúvida, o das curas instantâneas. Compreende-se as curas produzidas pela ação continuada de um bom fluido. Mas pergunta-se como esse fluído pode operar uma transformação súbita no organismo e, sobretudo, porque o indivíduo que possui essa faculdade não tem acesso sobre todos os que são atingidos pela mesma moléstia, admitindo que haja especialidades. A simpatia dos fluídos é uma razão, sem dúvida, mas não satisfaz completamente, porque nada tem de positivo, nem de científico. Entretanto, as curas instantâneas são um fato, que se não poderia por em dúvida. Se não tivesse em apoio senão os exemplos dos tempos remotos, poder-se-ia, com alguma aparência de fundamento, considerá-los como lendários ou, pelo menos, como ampliados pela credulidade; mas quando os mesmos fenômenos se reproduzem aos nossos olhos, no século mais céptico, a respeito das coisas sobrenaturais, a negação já não é possível, e se é forçado a neles ver, não um efeito miraculoso, mas um fenômeno que deve ter sua causa nas leis da natureza, ainda desconhecidas.
A explicação seguinte, deduzida das indicações fornecidas por um médium em sonambulismo espontâneo, está baseada em considerações fisiológicas, que nos parecem jogar luz nova sobre a questão. Ela foi dada por ocasião de uma pessoa atingida por graves enfermidades e que perguntava se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar.
Por mais racional que nos pareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo, até que tenha recebido a dupla sanção da lógica e da opinião geral dos Espíritos, único controle válido das doutrinas espíritas e que possa assegurar-lhe a perpetuidade.
Na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal. Não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias: ser, ao mesmo tempo, estimulante e calmante, aquecer e esfriar, não pode convir a todos os casos.
É por isto que não existe um remédio universal.
Dá-se o mesmo com o fluído curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem. Há fluídos que super excitam e outros que acalmam, fluídos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças. Conforme as suas qualidades, em certos casos, ineficaz e até prejudiciais em outros; de onde se segue que a cura depende, em principio, da adequação das qualidades do fluído à natureza e à causa do mal. Eis o que muitas pessoas não compreendem e porque se admiram que um curador não cure todos os males. Quando às
circunstâncias que influem nas qualidades intrínsecas dos fluídos, foram suficientemente desenvolvidas no Cap. XIV da Gênese, para que seja supérfluo aqui as relembrar.

A esta causa inteiramente física das não-curas, há que acrescentar uma, inteiramente moral, que o Espiritismo nos dá a conhecer. É que a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas
conseqüências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas. Não pode ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim. Este princípio é um motivo de resignação para o doente, mas não deve ser uma excusa para que o médico procurasse, na necessidade da provação, um meio cômodo de abrigar a sua ignorância.
Consideradas unicamente do ponto de vista fisiológico, as doenças tem duas causas, que até hoje não foram distinguidas, e que não podiam ser apreciadas antes de novos conhecimentos, trazidos pelo Espiritismo. É da diferença destas duas causas que ressalta a possibilidade das curas instantâneas, em casos especiais, e não em todos.
Certas doenças tem sua causa original na alteração mesma dos tecidos orgânicos; é a única admitida pela ciência até hoje. E como, para a remediar, até hoje só conhece as substâncias medicamentosas tangíveis, não compreende a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor.
Entretanto, aí estão os curadores magnéticos, para provar que não é uma ilusão.

Na cura das moléstias desta natureza, pelo influxo fluídico, há substituição das moléculas orgânica mórbidas por moléculas sadias. É a história de casa velha, cujas pedras carcomidas são substituídas por boas pedras: tem-se sempre a mesma casa, mas restaurada e consolidada. A torre Saint-Jacques e Notre-Dame de Paris acabam de sofrer um tratamento deste gênero.
A substância fluídica produz um efeito análogo ao da substância medicamentosa, com a diferença que, sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constitutivos, age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que o podem fazer as moléculas mais
grosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, ao passo que as da matéria são fixas e invariáveis não se podem aplicar senão a casos determinados.
Tal é, em tese geral, o princípio sobre o qual repousam os tratamentos magnéticos. Ajuntemos sumariamente, e de memória, pois não podemos aqui aprofundar o assunto, que a ação dos remédios homeopatas em doses infinitesimais, é baseada no mesmo princípio; a substância medicamentosa, levada pela divisão ao estado atômico, até certo ponto adquire as propriedades dos fluídos, menos, entretanto, o princípio anímico, que existe nos fluídos animalizados e lhes dá qualidades especiais.

Em resumo, trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução, na economia, de materiais sãos, substituindo materiais deteriorados ordinários in natura; por esses mesmos medicamentos em estado de divisão homeopática; enfim pelo fluído magnético, que não é senão matéria espiritualizada. São três modos de elementos reparadores, ou melhor, de introdução e de assimilação dos elementos reparadores: todos os três estão igualmente na natureza, e tem sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica porque um tem êxito onde outro fracassa, porque seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de curar, destinados a se suplementar e se completar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma
tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano.
Cada um dos meios poderá, pois, ser eficaz, se empregado a propósito e adequado a especialidade do mal; mas, seja qual for, compreende-se que a substituição molecular, necessária ao restabelecimento do equilíbrio, só se pode operar gradualmente, e não por encanto e por um golpe de batuta; se possível, a cura não pode deixar de ser senão o resultado de uma ação contínua e perseverante, mais ou menos longa, conforme a gravidade dos casos.

Entretanto as curas instantâneas são um fato, e como não podem ser mais miraculosas que as outras, é preciso que se realizem em circunstâncias especiais. O que o prova é que não se dão indistintamente para todas as doenças, nem para todos os indivíduos. É, pois, um fenômeno natural, cuja lei há que buscar. Ora, eis, a explicação que se lhe dá. Para a compreender, era preciso ter o ponto de comparação que acabamos de estabelecer.
Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não tem como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluído, que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia.

Há aqui como num relógio, cujas peças todas estão em bom estado, mas cujo movimento é parado ou desregulado pela poeira; nenhuma peça deve ser substituída e, contudo, ele não funciona; para restabelecer a regularidade do movimento basta purgar o relógio do obstáculo que o impedia de funcionar.
Tal é o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida aos fluídos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo. Para obter a cura, não são moléculas deterioradas que devem ser substituídas, mas um corpo estranho que se deixe expulsar; desaparecida a causa do mal, o equilíbrio se restabelece e as funções retomam o seu curso.

Concebe-se que em semelhantes casos os medicamentos terapêuticos, por sua natureza destinados a agir sobre a matéria, não tenham eficácia sobre um agente fluídico. Assim, a medicina ordinária é inoperante em todas as doenças causadas por fluídos viciados, e alas são numerosas. À matéria pode opor-se a matéria, mas a um fluído mau há que opor um fluído melhor e mais poderoso. A medicina terapêutica naturalmente falha contra os agentes fluídicos; pela mesma razão a medicina fluídica falha onde há que opor matéria; a medicina homeopática nos parece ser o intermediário, o traço de união entre esses dois extremos, e deve particularmente ter êxito nas afecções que poderiam chamar-se mistas.

Seja qual for a pretensão de cada um destes sistemas à supremacia, o que há de positivo é que, cada um de seu lado, obtém estar na posse exclusiva da verdade; de onde há que concluir que todas têm sua utilidade, e que o essencial é as aplicar adequadamente.

Não temos que nos ocupar aqui dos casos em que o tratamento fluídico é aplicável, mas da causa pela qual esse tratamento por vezes pode ser instantâneo, ao passo que em outros casos exige uma ação continuada.

Esta diferença se deve à mesma natureza e à causa primeira do mal. Duas afecções que apresentam, na aparência, sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânica e, neste caso, é necessário reparar, substituir, como me disseram, as moléculas deterioradas por outras sãs, operação que só se pode fazer gradualmente; a outra, por infiltração, nos órgãos sãos, de um fluído mau, que perturba as suas funções. Neste caso não se trata de reparar, mas expulsar. Esses dois casos requerem, no fluído curador, qualidades diferentes. No primeiro, é preciso um fluído curador suave que violento, sobretudo rico em princípios reparadores; no segundo, um fluído enérgico, mais próprio à expulsão pode ser rápida e como por efeito de uma descarga elétrica. Subitamente livre da causa estranha que o fazia sofrer, o doente sente-se aliviado imediatamente, como acontece na extirpação de um dente estragado. Não estando mais obliterado, o órgão volta ao seu estado normal e retoma as suas funções.

Assim podem explicar-se as curas instantâneas, que não são, na realidade, senão uma variedade da ação magnética. Como se vê, elas repousam num miraculoso que os outros fenômenos espíritas. Compreende-se desde logo porque essas espécies de curas as mesmo tempo, à causa primeira do mal, que não é a mesma em todos os indivíduos, e às quantidades especiais do fluído que se lhe opõe. Disso resulta que tal pessoa que produz efeitos rápidos, nem sempre é indicada para um tratamento magnético regular, e que excelentes magnetizadores são impróprios para curas instantâneas.

Esta teoria pode assim resumir-se: "Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluído de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluído, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea."

Para simplificar a questão, não consideramos senão os dois pontos extremos; mas entre os dois há nuanças infinitas, isto é, uma multidão de casos em que as duas causas existem simultaneamente em diferentes graus, e com mais ou menos preponderância de cada uma; em que, por conseqüência, é necessário, ao mesmo tempo expulsar e reparar.
Conforme aquela das duas causas que predomina, a cura é mais ou menos lenta; se for a do mau fluído, após a expulsão é preciso a reparação; se for a desordem orgânica, após a reparação é necessária a expulsão. A cura só é completa após a destruição das duas causas. É o caso mais comum; eis porque os tratamentos terapêuticos muitas vezes necessitam ser completados por tratamento fluídico e reciprocamente; eis, também, porque as curas instantâneas, que ocorrem nos casos em que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva, jamais poderão tornar-se um meio curativo universal; não são, conseqüentemente, chamadas a suplantar nem a medicina, nem a homeopatia, nem o magnetismo ordinário.

A cura instantânea radical e definitiva pode ser considerada como um caso excepcional, visto que é raro:
1º - que a expulsão do mau fluido seja completa no primeiro golpe;
2º - que a causa fluídica não seja acompanhada de alguma alteração orgânica, o que obriga, num caso como no outro, a olhar várias vezes.

Enfim, não podendo os maus fluídos provir senão de maus Espíritos, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, parar obter a cura, é preciso tratar, ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor.

Estas considerações mostram quantas coisas há que levar em conta no tratamento das moléstias, e quando ainda resta a aprender o tal respeito.
Além disso, vem confirmar um fato capital, que ressalta da obra a Gênese, é a aliança do Espiritismo e da ciência. O Espiritismo marcha no mesmo terreno que a ciência, até os limites da matéria tangível; mas, ao passo que a ciência detém neste ponto, o Espiritismo continua seu caminho e procede suas investigações nos fenômenos da natureza com o auxílio dos elementos que colhe no mundo extra-material; só aí está a solução das dificuldades contra as quais se choca a ciência.
Nota: A pessoa cujo pedido motivou esta explicação está no caso das doenças de causa complexa. Seu organismo está profundamente alterado, ao mesmo tempo que saturado de fluídos os mais perniciosos, que a tornam incurável apenas pela terapêutica ordinária. Uma magnetização violenta e muito enérgica apenas produziria uma super excitação momentânea, logo seguida de maior prostração, ativando o trabalho da decomposição. Ser-lhe-ia necessária uma magnetização suave, continuada por muito tempo, um fluído reparador penetrante, e não um fluído que abala, mas nada repara. Ela é, pois, inacessível à cura instantânea.